terça-feira, 19 de agosto de 2008

A Maquina de Matar

Quando a continuação da saga Rocky, estrela por Sylvester Stallone, Rocky, sucesso de público e crítica foi lançado no fim do ano passado, já estava mais do que óbvio que também viria com ela a continuação da trilogia Rambo, afinal Sylvester não poderia desperdiçar sua boa forma, adquirida por uso de anabolizantes, visto que o mesmo foi detido na Austrália com ampolas dos mesmos.

Mas bem, voltemos ao assunto principal. Quando Rambo – Programado para Matar foi lançado, além de um filme de ação, era uma produção com uma mensagem relevante a passar. Um reflexo dos problemas e preconceitos pelos quais os veterandos do Vietnan viveram no final da década de 70 e início de 80. Sylvester Stallone era John Rambo, uma máquina de matar que buscava algum sossego, mas encontrava o inferno nas mãos de um xerife que via no ex-combatente a personificação da desordem. Sucesso de público, foram necessários apenas 3 anos para que um novo Rambo surgisse nos cinemas. O segundo filme, porém, já não é mais tão relevante e cai nas graças do público apenas como mais um blockbuster de ação. Mais tres anos e Rambo 3 coloca o herói no Afeganistão para ajudar os Mujaheddin a se libertarem dos russos. De novo, apenas ação. A única mensagem era que os russos estavam abusando do povo Afegão. O que anos mais tarde os EUA fariam ainda pior.

O que se vê em Rambo IV, é a tentativa do agora diretor e ator Sylvester Stallone de voltar a suas origens com o filme, ou seja, inserindo o protagonista Jonh Rambo em um cenário um pouco mais realista, basta ver o inicio do filme em tom de documentário, mostrando a situção em que Miamar se encontra, e tentando a todos os momentos com os efeitos de câmera inserir o espectador para dentro do filme.

Para os amantes da série e dos filmes de ação, o longa cumpre bem seu objeto, abusando das cenas de violência e de sangue, isso alias uma constante no filme do começo ao fim. A verdade é que o filme encerra, não com a mesma competência que Rocky Balboa, é verdade, uma série de sucesso que teve seus altos e baixos nos exemplares da franquia. Não é tão emocionante como o pugilista das ruas criado por Sly, mas, por trazer de volta o personagem às suas raízes e, finalmente, sugerir um destino definitivo a ele, Stallone mostra que ainda é capaz não apenas de enfrentar um exército sozinho, mas de agradar platéias que o seguiram por anos com seus mais memoráveis personagens.