Devaneios da Madrugada

Spilberg é gênio ? Esta é a pergunta que me assalta nesta estranha madrugada.Se contarmos pela seqüência inicial do filme que acaba de começar(O Resgate do Soldado Ryan,1998) na sessão amiga daqueles que sofrem de insônia ou inimiga dependendo daquilo que passa-a resposta é sim, com louvor.São possíveis duas afirmações sobre o diretor mais poderoso da história(espero não estar exagerando)-são as seguintes- ele é estranho e instável.O problema é que nunca sabemos o Spilberg que iremos encontrar na telona.Aquele que acaba com uma obra fantástica de Kubrick- (Inteligência Artificial,2001) ou o sujeito que consegue criar tensão inexplicável apenas com uma engenhoca(Tubarão,1975),emoção sem ser piegas(ET,1982) e uma crônica familiar interessantíssima com Ets (Contatos Imediatos do Terceiro Grau,1977).A grande verdade é que o nome Spilberg virou uma marca inigualável de uma certa qualidade-sem sabermos acertadamente de que tipo.Ignorado pela academia saiu da fila em 1994 .........................quando venceu seu primeiro Oscar.O segundo foi pelo filme que passa exatamente agora.Dois bons filmes?difícil de responder sobre o segundo,onde o sentimentalismo barato vai reinar em seu final,a criança Spilberg aparece ali.Se ele é realmente a criança que nunca cresceu, não vai ser neste devaneio da madrugada que responderei.............................entretanto espero ainda um Spilberg mais parecido com Kubrick-como foi alardeado em 2002, quando foi lançado o bom Minority Report.Vamos esperar para ver o que a grife Spilberg nos preparará nos próximos anos.Falam em um filme com o Borat(Sacha Baron Cohen),é esperar para ver.......................................mas estes são apenas devaneios de uma madrugada estranha.

Igual, mas Diferente

Para quem já viu Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes (Lock, stock and two smoking barrels) e Snatch – Porcos e Diamantes (Snatch) tem a sensação de ter visto quase o mesmo filme. Isso porque o diretor é o mesmo, um dos atores principais é o mesmo e a história é bem semelhante. Mais conhecido como o marido da Madonna, Guy Ritchie dirigiu esses filmes em seqüência na sua carreira: Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes no ano de 1998 e Snatch em 2000. Com cortes e histórias parecidas, Guy conseguiu firmar dois filmes muito bem sucedidos, principalmente o segundo. Contando com um elenco com mais estrelas, como Brad Pitt (Tróia) e Benicio del Toro (Traffic), o filme mostra a história de um ladrão de diamantes que se envolves com lutas ilegais. Já no filme Jogos, é a história de quatro homens que arranjam grandes dividas e procuram o dinheiro para pagá-las. Além dos cortes, os filmes têm algo na história que deixa a marca do diretor: todas as histórias paralelas mostradas se cruzam em algum ponto no filme. Vinnie Jones participa das duas tramas, e, curiosamente, o papel também é semelhante nos dois filmes. Talvez esses aspectos, deixem o espectador com uma impressão de ser diferente, mas igual...

TRAILER - HELLBOY 2, O Exército Dourado

Guillermo del Toro vai dirigir "O Hobbit" em duas partes

Guillermo del Toro vai dirigir "The Hobbit" e uma seqüência, que vai cobrir os 60 anos entre o primeiro livro e o começo da trilogia "O Senhor dos Anéis".

A New Line Cinema anunciou na quinta-feira 24 que o cineasta de 43 anos, que escreveu e dirigiu "O Labirinto do Fauno", vai se mudar para a Nova Zelândia por quatro anos para trabalhar com o produtor executivo Peter Jackson e sua equipe de produção.

Del Toro vai dirigir os dois filmes de uma só vez. O primeiro contará a história de como Bilbo Baggins consegue o Anel, enquanto o segundo centrará foco no período entre esses acontecimentos e "A Sociedade do Anel."

"O Labirinto do Fauno" ganhou seis indicações ao Oscar em 2006 e conquistou três prêmios.

FONTE: www.uol.com.br

A Primeira Grande Obra de Zemecks

É difícil achar um ator que seja indispensável para a realização de um personagem. Seguindo essa linha, não existiria outra pessoa para interpretar o Doutor Emmett Brown, do que Christopher Lloyd (A Família Adams). De Volta Para o Futuro (Back to the Future) é um filme futurista que projetou Robert Zemecks (Forrest Gump) para o sucesso no cinema. Na história Michael J. Fox é Marty McFly, um garoto que é amigo do cientista maluco vivido por Lloyd. Esse doutor consegue inventar uma maquina que viaja pelo tempo, e, acidentalmente, viaja até o ano em que seus pais se conheceram, e descobre que qualquer ação que ele tome no passado, pode mudar seu futuro. O filme, que recebeu 4 indicações ao Oscar e mais 4 ao Globo de Ouro, era quase uma certeza de sucesso, pois um dos produtores era “apenas” Steven Spielberg. Criando um mundo fantasioso e muito futurista, Zemecks consegue dar ao telespectador uma imagem do futuro, mostrando sempre o lado cômico de todas as situações. Quem assiste, tem mesmo a sensação de que está no futuro, participando da história junto com os protagonistas. O filme ajudou até a impulsionar as vendas do carro Delorean - que recentemente voltou a ser fabricado – que é a máquina do tempo utilizada. Dono de um estilo, até então próprio, De Volta Para o Futuro é um filme único, divertido para todos que o assistem. Sem dúvida alguma, Robert Zemecks, fez em 1985 sua primeira obra-prima!

CANNES 2008: Filme de Walter Salles é selecionado

(23/04/2008 - 11h21)

Da Redação http://www.cineclick.com.br/

Walter Salles

Na manhã desta quarta-feira (23/4), a organização do Festival de Cannes divulgou os longas-metragens selecionados para exibição da edição deste ano, realizada na Riviera Francesa entre os próximos dias 14 a 25 de maio. O que chama atenção à primeira vista, pelo menos aos brasileiros, é a presença do novo longa de Walter Salles e Daniela Thomas, Linha de Passe, entre a lista das produções exibidas em competição. Finalizado recentemente, o filme será exibido para o público pela primeira vez no evento francês.

Em entrevista coletiva, o diretor geral, Thierry Frémaux, e o presidente do evento, Gilles Jacob, anunciaram a participação de mais 20 filmes da seleção oficial da mostra. Representando a América do Sul, junto de Salles, estão os agentinos Lucrecia Martel, com La Mujer Sin Cabeza e Pablo Trapero, com Leonera.

Outros cineastas consagrados também escolheram o Festival de Cannes para exibir seus filmes pela primeira vez, como é o caso de Steven Soderbergh (Treze Homens e um Novo Segredo), que apresentará o projeto Che - sobre o revolucionário Che Guevara, interpretado por Benicio Del Toro, em competição no evento. The Changeling, no qual Clint Eastwood dirige Angelina Jolie, é outro destaque entre os longas que concorrem à Palma de Ouro.

Estes nomes em competição prometem dar um toque mais hollywoodiano ao evento, mas a organização também selecionou algumas "figuras carimbadas" no Festival de Cannes, como Atom Egoyan, que concorreu à Palma de Ouro em 2005 com seu último filme, Verdade Nua. Este ano, ele apresenta seu novo trabalho, Adoration, podendo sair com prêmios do evento. Jia Zhang-Ke, diretor de Em Busca da Vida, apresenta 24 City, e o francês Philippe Garrel (Amantes Constantes) é selecionado, pela primeira vez em sua carreira para competir em Cannes com La Frontiere de l'aube. Os irmãos Dardenne, que venceram a Palma de Ouro em 2005 por A Criança, podem levar para casa o cobiçado prêmio novamente com seu novo trabalho, The Silence of Lorna. O júri será presidido pelo ator e cineasta Sean Penn (Na Natureza Selvagem).

A organização confirmou os boatos que rolavam: Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, de Steven Spielberg, terá sua pré-estréia mundial no festival francês, conforme havia comentado o ator John Hurt (Manderlay). Além disso, a animação Kung Fu Panda, o drama coreano The Good, the Bad, the Weird, de Kim Jee-woon (Medo), e Vicky Cristina Barcelona, novo filme de Woody Allen, também serão exibidos em Cannes. Ashes of Time Redux, de Wong Kar-wai (Um Beijo Roubado), também foi selecionado. Diferentemente do que a atriz Sarah Jessica Parker havia revelado, Sex and the City - O Filme não foi anunciado na programação pelos organizadores.

Dentre os filmes selecionados nas mostras paralelas, temos a exibição de A Festa da Menina Morta, estréia do ator Matheus Nachtergaele na direção de um longa. O filme será exibido na mostra Un Certain Regard (Um Certo Olhar). O Som e o Resto, de Andre Lavaquial, está na mostra Cinefondation e é outro representante brasileiro este ano.

Confira a lista completa dos longas selecionados:

Em Competição:
24 City (China), de Jia Zhangke
Adoration (Canadá), de Atom Egoyan
Changeling (EUA), de Clint Eastwood
Che (The Argentine e Guerrilla (Espanha), de Steven Soderbergh
Un Conte de noel (França), de Arnaud Desplechin
Daydreams (Turquia), de Nuri Bilge Ceylan
Delta (Alemanha/ Hungria), de Kornel Mundruczo
Il Divo (Itália), de Paolo Sorrentino
Gomorra (Itália), de Matteo Garrone
La Frontiere de l'aube (França), de Philippe Garrel
Leonera (Argentina/ Coréia do Sul), de Pablo Trapero
Linha de Passe (Brasil), de Walter Salles e Daniela Thomas
La Mujer sin cabeza (Argentina), de Lucrecia Martel
My Magic (Cingapura), de Eric Khoo
The Palermo Shooting (Alemanha), de Wim Wenders
Serbis (Filipinas), de Brillante Mendoza
The Silence of Lorna (Reino Unido/ França), de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Synecdoche, New York (EUA), de Charlie Kaufman
Waltz With Bashir (Israel), de Ari Folman

Fora de Competição:
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (EUA), de Steven Spielberg
Kung Fu Panda (EUA), de Mark Osborne, John Stevenson
The Good, the Bad, the Weird (Coréia do Sul), de Kim Jee-woon
Vicky Cristina Barcelona (EUA/ Espanha), de Woody Allen

Midnight Screenings:
Maradona (Espanha/ França), de Emir Kusturica
Surveillance (EUA), de Jennifer Lynch
The Chaser (Coréia do Sul), de Na Hong-jin

Exibições Especiais:
Ashes of Time Redux (China), de Wong Kar-wai
Of Time and the City (Reino Unido), de Terence Davies
Roman Polanski: Wanted and Desired (EUA/ Reino Unido), de Marina Zenovich
Sangue Pazzo (Crazy Blood) (Itália/ França), de Marco Tullio Giordana

Exibição do Presidente do Júri:
The Third Wave (EUA), de Alison Thompson

Um Certo Olhar
A Festa da Menina Morta (Brasil), de Matheus Nachtergaele
Afterschool (EUA), de Antonio Campos
De Ofrivilliga (Suécia), de Ruben Ostlund
Je veux voir (França), de Joana Hadjithomas e Khalil Joreige
Johnny Mad Dog (França), de Jean-Stephane Sauvaire
La vie moderne (profiles paysans) (França), de Raymond Depardon
Los Bastardos (México), de Amat Escalante
Milh handha al-bahr (Salt of This Sea) (Palestina), de Annemarie Jacir
O’ Horten (Noruega/ Alemanha), de Bent Hamer
Soi Cowboy (Reino Unido), de Thomas Clay
Tin Che (Parking) (Taiwan), de Chung Mong-Hong
Tokyo! (França/ Japão), de Bong Joon-ho, Michel Gondry, Leos Carax
Tokyo Sonata (Japão), de Kiyoshi Kurosawa
Tulpan (Alemanha), de Sergey Dvortsevoy
Tyson (EUA), de James Toback
Versailles (França), de Pierre Schoeller
Wendy and Lucy (EUA), de Kelly Reichardt
Wolke 9 (Cloud Nine) (Alemanha), de Andreas Dresen
Yi ban haishui, yi ban huoyan (China), de Fendou Liu

Cinefondation
Ba Yue Shi Wu (EUA), de Jiang Xuan
Blind Spot (França), de Johanna Bessiere, Cecile Dubois Herry, Simon Rouby, Nicolas Chauvelot, Olivier Clert e Yvon Jardel
Et dans mon coeur, j'emporterai... (Bélgica), de Yoon Sung-A
Forbach (França), de Claire Burger
Gata (Rússia), de Diana Mkrtchyan
Gestern in Eden (Alemanha), de Jan Speckenbach
Himnon (Anthem) (Israel), de Elad Keidan
Illusion Dwellers (Reino Unido), de Rob Ellender
Interior. Scara de bloc (Romênia), de Ciprian Alexandrescu
Kestomerkitsijat (Finlândia), de Juho Kuosmanen
The Maid (EUA), de Heidi Saman
Naus) (Cazaquistão), de Lukas Glaser
O Som E O Resto (Brasil), de Andre Lavaquial
El Reloj (Argentina), de Marco Berger
Shtika (Silence) (Israel), de Hadar Morag
Stop (Coréia do Sul), de Park Jae-ok
This Is a Story About Ted and Alice (EUA), de Teressa Tunney

Curtas em Competição
411-Z (Hungria), de Daniel Erdelyi
Buen Viaje (Bon Voyage), de Javier Palleiro, Guillermo Rocamora
De Moins en Moins (França), de Melanie Laurent
El Deseo (The Desire) (México), de Marie Benito
Jerrycan (Austrália), de Julius Avery
Love You More (Reino Unido), de Sam Taylor Wood
Megatron (Romênia), de Marian Crisan
My Rabbit Hoppy (Austrália), de Anthony Lucas
Smafuglar (Islândia), de Runar Runarsson

FONTE-cineclick.com.br

TRAILER - BLINDNESS

DE OLHOS BEM FECHADOS

Por Augusto Pigini, Diego Machado e Rafael Ferreira


O fim da minissérie “Queridos Amigos”, exibida pela Rede Globo nos meses de Fevereiro e Março, exemplifica a dificuldade da TV presidida por Roberto Irineu Marinho em tratar de temas espinhosos para a vida do país, principalmente quando há um envolvimento direto da emissora líder de audiência a mais de três décadas.

Outra minissérie da mesma emissora que também retratou a mesma geração foi “Anos Rebeldes”. Neste caso, a minissérie se passava no período do regime militar, mas retratou-o de forma superficial, fazendo da série uma dramartugia à mexicana. A manipulação da Rede Globo, que é mostrado no documentário produzido pela BBC, “Muito Além do Cidadão Kane”, fica flagrante nessas duas produções.

Lógico que não seriamos inocentes a ponto de pensar que “Queridos Amigos”, começasse retratando a forma abrupta com a qual Fernando Collor de Mello apareceu no cenário nacional, dando parabéns ao Velho Guerreiro Chacrinha, ou produzindo um tratado sobre o emblemático ano de 1989. Porem passados 15 anos, entre uma minissérie e outra, observamos que nada mudou. Apesar de ter perdido força nesses últimos anos, a emissora segue com a mesma política de não olha para o espelho, de negar o próprio passado.

Esses fatos mostram que a Globo não quer complexificar, já que não é uma foto meramente dramartúgico, a emissora já mostrou por diversas vezes que está interessada apenas em mostrar o seu “lado” da verdade, a verdade que convém a ela Rede Globo.

A alta cúpula da rede globo deve mudar a linha da empresa, pois não basta a um veiculo de comunicação de massa a busca pela audiência, sem preocupar-se com a credibilidade, até porque o grande público tende a rejeitar isso e procurar informações em outras fontes.

Direto do Inferno (Mesmo!!!)

Confesso que quando decidi assistir “Motoqueiro Fantasma (2007)”, não esperava muita coisa do filme. Mesmo gostando das adaptações de quadrinhos aos cinemas, tinha a impressão de que o filme sairia mais parecido com os péssimos “Homem-Aranha 3”, “O Justiceiro”, “Hulk” e “O Demolidor” do que com os bons “Homem-Aranha 1 e 2”, “Hellboy“ e a trilogia “X-Men”. Eu estava certo!
Como referências do filme, tinha apenas a presença de Nicolas Cage encarnando o motoqueiro, a maravilhosa (!!!) Eva Mandez e a grande quantidade de efeitos especiais que seriam utilizados. No final, percebi que o filme só tem isso mesmo...
Nicolas Cage interpreta Johnny Blaze que, quando jovem, faz um pacto com o demônio (Peter Fonda): a cura de seu pai em troca de sua alma. Com o acordo feito, Johnny passa a ser “protegido” pelo demônio, e é avisado que será procurado pelo capeta quando seus serviços forem necessários.
Depois de alguns anos, alguns demônios chegam na terra, e cabe a J. Blaze enfrentá-los, assumindo a forma do Motoqueiro Fantasma.
O problema é que o quarteto de demônios que desce na terra, é simplesmente ridículo! São vilões sem carisma algum e que são facilmente derrotados pelo “herói”.
Por tudo isso, e por ser cheio de cenas de humor cretino e tiradas imbecis, o filme se mostrou uma péssima escolha, mesmo pra quem quer só passar o tempo.

TRAILER - BATMAN, The Dark Knight

Um Sonho de Filme

Frank Darabond estreou com o pé direito no cinema com Um Sonho de Liberdade (The ShawShank Redemption). Em uma história de Stephen King o diretor consegue prender a atenção do espectador de modo brilhante. O filme mostra a vida de Andy Dufresne (Tim Robbins) que é preso por ter, supostamente, matado sua esposa. Já na prisão, ele encontra “Red” Reeding, estrelado por Morgan Freeman (atuação que lhe rendeu a terceira indicação ao Oscar). Red, se auto-nomeia um “Shopping Center” dentro da prisão, pois tudo que os prisioneiros quisessem, ele conseguia. Pouco a pouco Andy vai conquistando a confiança de Red e os dois tornam-se grandes amigos dentro do presídio. Durante os anos que se passam na prisão, Andy sempre arranja algo novo para ocupar sua mente e essa sua determinação, acreditando que é inocente do crime acusado, renova as esperanças de todos, que também passam a acreditar que ele é realmente injustiçado. A grande mudança na vida de Andy é quando um novo prisioneiro, Tommy Willians, chega ao presídio e faz uma revelação que surpreende a todos.
Na primeira parte do filme, o espectador diverte-se com inúmeras atividades e relações que Andy estabelece com seus companheiros de cela, ou guardas do presídio. Com o passar dos anos, as emoções diminuem um pouco, mas ainda assim, o filme continua prendendo a atenção de quem o assiste. Com um final surpreendente, o diretor coroou sua estréia no cinema com um filme fabuloso. O reconhecimento disso foram as sete indicações ao Oscar recebidas – Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Roteiro-Adaptado, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Som e Melhor Trilha Sonora Original. Em seu filme seguinte (À Espera de Um Milagre), Frank reescreve mais uma história de Stephen King, e usando, basicamente dos mesmos artifícios de Um Sonho de Liberdade, ele chega a mais quatro indicações da Academia.
Tim Robbins (Sobre Meninos e Lobos) era para ser o ator principal do filme, mas quem realmente rouba a cena é Morgan Freeman (Menina de Ouro). Ele mostrou porque é um ator dos melhores atores de Hollywood, com quatro indicações ao Oscar e uma estatueta ganha. Seu talento pode ser comprovado nesse filme quando, a cada dez anos, ele tenta conseguir a sua liberdade. A emoção com que ele encarna o momento é de emocionar até o mais frio dos espectadores.
Sem dúvida nenhuma, Um Sonho de Liberdade é um filme imperdível.

Estréias, Promessas e Surpresas

O filme " O Sobrevivente (2006) " mostra a história verídica do piloto alemão naturalizado americano Dieter Dangler. Desde sua infância na Alemanha em Guerra, Dieter sempre teve o sonho de voar. Durante o conflito do Vietnã, ele se alistou na marinha Americana, realizando assim, seu sonho maior.
Entretanto, logo em sua primeira importante missão, seu avião é atingido e cai no território do Laos. Após o acidente, ele tenta sobreviver na selva, mas é logo raptado pelos combatentes nativos.
Já prisioneiro, Dieter sofre com as brutais torturas dos locais e, junto com outros cativos, planeja uma elaborada e improvável fuga.
Com uma excepcional atuação do extremamente promissor Christian Bale, fica bem claro no filme o misto de desespero, loucura e esperança pelo qual o piloto passou. Vale também ressaltar a surpreendente atuação do " ex The Wonder " Steve Zhan, que inclusive recebeu uma indicação ao Spirit Awards de Melhor Ator Coadjuvante.
Já a direção, ficou por conta do alemão Werner Herzog, autor do documentário Little Dieter Needs to Fly, de 1997, e no qual o filme se baseou. Esta, inclusive, é a primeira aventura hollywoodiana do diretor, que já havia dirigido diversos filmes autorais alemães anteriormente. Ele é considerado um dos maiores representantes do novo cinema alemão.

Bem-vindo ao clube

Quando fui ver o filme "Na Natureza Selvagem" tinha apenas três referências: a trilha era composta pelo vocalista do Pearl Jam, Eddie Vedder; o roteiro e a direção, assinados por Sean Penn e tinha como protagonista o carinha do "Show de Vizinha". Confesso que não esperava muita coisa, até porque era um diretor inexperiente e um jovem Emile Hirsch como personagem principal, mas ainda tinha um Eddie Vedder no comando da trilha, então pelo menos isso seria um ponto positivo.
Fiquei surpreso com a entrega de Emile ao papel, o ator não se acanhou ao viver a personagem baseada em um jovem que largou sua vida 'normal' e pacata para virar andarilho pelos EUA. Mas não foi só o garoto que se destacou, ele contou com o ótimo suporte de feras como William Hurt e da marcante participação de Hal Holbrook
O filme todo foi construído por um roteiro que pareceu confuso de início, contudo, no decorrer ele é amarrado e percebemos uma tentativa de se passar a liberdade vivida pela personagem.
Enfim, "Na Natureza Selvagem" serviu para consolidar as carreiras de Sean Penn, atrás das câmeras, e do promissor Emile Hirsch, que dfinitivamente entrou para o grupo dos bons atores de Hollywood, com um belíssimo filme, um dos melhores desta última temporada.


Rafael Ferreira

Estréias da Semana

Um Beijo Roubado (My Blueberry Nights)
Direção: Wong Kar Wai Elenco: Ed Harris, Jude Law, David Strathairn, Rachel Weisz, Tim Roth, Natalie Portman, Norah Jones
Sinopse: Uma jovem viaja através dos Estados Unidos em busca do significado do verdadeiro amor, encontrando personagens incomuns em sua jornada.


Meu Nome é Taylor, Drillbit Taylor (Drillbit Taylor)
Direção: Steven Brill Roteiro: Seth Rogen Elenco: Owen Wilson, Leslie Mann
Sinopse: Dois alunos novatos são ameaçados pelo brigão da escola no primeiro dia de aula. Para resolver a situação, eles decidem contratar um soldado mercenário para protegê-los, mas o sujeito não passa de um impostor.


Um Plano Brilhante (Flawless)
Direção: Michael Radford Elenco: Demi Moore, Joss Ackland, Michael Caine, Lambert Wilson
Sinopse: Na véspera de sua aposentadoria e passando por apertos financeiros, um guarda que trabalhou a vida inteira para um dos maiores negociadores de diamantes de Londres resolve planejar um assalto ao patrão.


Um Sonho Dentro de um Sonho (Slipstream)
Direção: Anthony Hopkins Roteiro: Anthony Hopkins Elenco: Christian Slater, Fionnula Flanagan, Michael Clarke Duncan, Anthony Hopkins (Felix Bonhoeffer), John Turturro, Camryn Manheim
Sinopse: Próximo da terceira idade, um ator e roteirista de cinema vive em dois estados de existência: o mundo real e o mundo dentro de sua mente. Contratado para reescrever um filme de mistério, ele começa a confundir realidade e imaginação quando os personagens da trama aparecem em sua vida.

Treinando o Papai (The Game Plan)
Direção: Andy Fickman Roteiro: Nichole Millard,Kathryn Price,Audrey Wells Elenco: Kyra Sedgwick (Stella Peck), Dwayne `The Rock` Johnson (Joe Kingman), Roselyn Sanchez (Monique)
Sinopse: Um astro do futebol americano tem sua vida virada ao avesso quando passa a cuidar de sua filha de seis anos de idade.
A Vida Começa aos 40 (Heartbreak Hotel)
Direção: Colin Nutley Roteiro: Colin Nutley Elenco: Helena Bergström (Elisabeth Staf), Maria Lundqvist (Gudrun Nyman), Claes Månsson, Johan Rabaeus, Jill Johnson (V), Erica Braun
Sinopse: No caminho para o casamento de seu filho, Elisabeth, que está se divorciando do marido Henrik, tem um acesa discussão com a policial de trânsito Gudrun, que acaba com uma troca de palavrões entre ambas. Gudrun vive com a filha adolescente Liselotte, que tenta convencer a mãe a sair da frente da TV e procurar viver a vida. Quando Gudrun se queixa de dores no estômago, Liselotte marca uma consulta com sua ginecologista que é... Elisabeth. O encontro das duas começa tenso, mas pouco a pouco, elas começam a simpatizar. Elisabeth leva Gudrun para uma danceteria, Heartbreak Hotel, onde ela é super-conhecida, e depois de algum tempo Gudrun começa a tomar gosto – com muito escândalo da filha Liselotte, que acha que a mãe passou a beber e está se exibindo na pista de dança.


Fonte: http://www.cinemaemcena.com.br/

Sessão da Tarde Pretensiosa

“A moral é uma questão de tempo”, realmente não sabemos se a frase do escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez se adequa inteiramente ao filme, ”O Diabo Veste Prada”(Dir:David Frankel-,EUA,2006).Entretanto esse é um dos temas centrais do filme de Frankel.Que tinha tudo para ser mais uma historinha burocrática de Cinderela produzida por Hollywood.O filme coloca questões de muita complexidade,estando bem acima da média atual.Ao contar a história de uma aspirante a jornalista que muda sua vida para entrar em um mundo que é o oposto ao seu.O emprego conseguido por Andy em uma das revistas de moda mais importantes do mundo,é no primeiro momento esnobado por ela,mas não demora muito para ela começar a se envolver com aquela nova realidade que a cerca.Ela é seduzida aparentemente por sua chefe,a poderosa editora que causa medo em todos.

O filme consegue explorar magistralmente o processo de mudança da personagem central,no caso ela passa por uma espécie de aculturação.É engolida por aquilo que negava.O distanciamento crítico que tinha no inicio se transforma em um desejo que passa para o espectador uma certa obscuridade.A complexidade que contraria a simplificação reinante é o grande mérito do filme.Em toda a projeção é impossível de definir mocinhos e bandidos,mesmo com a personagem de Meryl Steep.A jovem jornalista que ostenta em seu currículo uma reportagem sobre um sindicato,maior símbolo de utopia derrotada o diretor não conseguiria encontrar para representar o idealismo que se dilui entre bolsas e sapatos de luxo.A moça sem preocupação com a aparência, rende-se a ostentação de um ciclo de pessoas que vivem por ela.Podemos dizer que ela abandona o comportamento/costumes de seu grupo inicial para se filiar em um grupo que age de forma antagônica .A sedução ocorre em um primeiro momento para provar que ela consegue estar a altura daquilo que é exigido,entretanto ela não consegue fugir da obsessão que toma conta dela.O conflito maior chega quando ela já não consegue identificar mais qual é o seu grupo.

A crise esta em não saber se faz parte do mundo frívolo da moda ou do cheio de princípios que pertencia.As dúvidas que aparecem colocam na berlinda tudo que era certo antes.O antigo ciclo de amizades começa a questionar suas mudanças ,colocando em evidencia todos os problemas.Essa situação expõe uma grande questão humana, a obrigatoriedade de se adequar a uma realidade fechada culturalmente,a ambigüidade gera grandes problemas.É como imaginar um socialista ortodoxo se transformando em gerente de uma Multinacional,ou um Ultra-Direitista que se filia a um partido de esquerda.O choque é natural.No caso do filme, há uma questão econômica mais forte,a necessidade de trabalhar.A convivência obrigatória traz o choque que se transforma em dúvidas.O questionamento do seu modo de vida é evidente.A mudança de aparência é apenas a ponta do iceberg.Existe naquele momento um clara dúvida sobre os valores que ela defendia antes.

A grande pergunta trazida pelo filme é: Até onde conseguimos levar coerentemente nossos princípios?Será que estamos ilesos de contrariar aquilo que defendemos por “tentações” maiores. Ou somos vulneráveis aos “diabos” que podem aparecer em nossas vidas.O interessante disso tudo é que esses valores são estabelecidos pelos grupos.Sendo assim,somos nós que decidimos qual é o lado negro da força.Mostrando que o BEM E O MAL podem ser extremamente relativos.



no próximo post conto a história deste texto.....................



chegamos para ficar!

De Rambo à Cidadão Kane

Bem-Vindo ao Cinema F. C. !!!
Esse é um blog que tratará exclusivamente de cinema, nacional ou estrangeiro. Traremos estréias da semana, dicas e comentários de filmes vistos e muito mais.
Os filmes discutidos aqui não serão apenas grandes obras do cinema, mas sim, todos os tipos e gêneros de filmes.
Esse site é formado por 5 estudantes de Jornalismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e tentaremos deixar sempre o blog atualizado, e para isso, gostaríamos que enviassem suas opiniões nos comentários.
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Augusto Pigini
Diego Machado
Fernando Mancini
Guilherme Teixeira
Rafael Ferreira